Câmara aprova construção de Parque da Memória Negra e Indígena em São Paulo, para 2023
Emenda da vereadora Luana Alves na Lei de Diretrizes Orçamentárias põe Parque da Memória Negra e Indígena como meta para 2023.
29 jun 2022, 21:00 Tempo de leitura: 1 minuto, 34 segundosFoi aprovado, nessa quarta (29) na Câmara Municipal de São Paulo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) para 2023, com duas emendas da vereadora Luana Alves (PSOL), construídas com o movimento “SP é Solo Preto e Indígena”. Uma delas, institui como meta, para o próximo ano, a produção do Festival Cultural “São Paulo Sem Racismo”, e outra é a construção de um Parque de Memória Negra e Indígena da cidade de São Paulo.
A vereadora Luana Alves comemorou a incorporação das emendas na LDO. “É fundamental que a cidade de São Paulo tenha espaços voltados à preservação da memória negra e indígena e que isso seja garantido através de políticas públicas. Nossas referências foram historicamente apagadas através de um processo racista e reverter isso precisa ser parte das prioridades do poder público”, disse. A ideia é que o Parque da Memória Negra e Indígena seja estabelecido na região periférica da cidade de São Paulo, que seja representativa para ambas comunidades, como é o caso de Parelheiros, na Zona Sul, por exemplo. O parque deverá conter homenagens e referências educativas sobre figuras históricas negras e indígenas.
As emendas se conectam com propostas anteriores da vereadora, como o PL 47/2021, intitulado “SP é Solo Preto e Indígena”, que visa a recontextualização ou retirada de símbolos, estátuas e outras homenagens à escravocratas, nazistas e eugenistas na cidade, e a promoção de educativa e cultural de referências históricas negras e indígenas que marcaram a formação social da cidade de São Paulo.
A emenda pela construção do Parque vai à sanção do Prefeito Ricardo Nunes (MDB), junto com toda a Lei de Diretrizes Orçamentárias, e será uma batalha para que seja realmente sancionada e a efetivada.